Passados quase dois meses em que esteve em
turnê, Justin voltou para Califórnia a trabalho, pois havia questões jurídicas
que precisavam ser resolvidas com seus novos advogados em uma reunião que
aconteceria ainda aquela manhã.
Olhou a si mesmo no imenso espelho de seu
quarto, analisando-se criticamente, porém, não ficou satisfeito com o que viu a
sua frente. Estava vestido normalmente, apenas uma blusa branca de mangas
curtas com o corte da gola em V sob uma jaqueta de couro preta, uma calça jeans
escura sem muitos bolsos ou adornos, tênis vermelho e poucos assessórios, como
um colar com o desenho de chave e um boné dos Yanks.
Contudo, havia algo em seu interior que o
estava deixando ansioso, algo que fazia sentir seu coração palpitar em um ritmo mais rápido que o normal, algo desconhecido que fazia suas mãos suarem
frio, e era justamente essa sensação que o fazia questionar o modo como estava
vestido.
Decidiu buscar em seu armário outra roupa
que se adequasse a uma reunião de negócios, onde pegou um blazer preto revestido internamente com seda; uma blusa branca de mangas cumpridas com gola alta, onde
sua abertura era através de botões; uma calça preta lisa e um tênis desenhado
com bolinhas brancas.
Olhou-se mais uma vez no espelho e, então, só
assim sentiu que estava pronto para deixar o quarto.
...
Ao entrar na
sala em que aconteceria a reunião, Justin não pôde deixar de se sentir
impressionado com a incrível arquitetura. Ele estava no sexto de dez andares
que o prédio possuía, em uma de muitas outras salas surpreendentes que avistara
enquanto andava em direção a este local. Mas esta sala em questão, ela era magnífica!
Ele observou encantado a longa parede de vidro a sua frente, onde podia-se
avistar grande parte do bairro: pessoas atordoadas andando entre a grande
loucura que era a movimentação dos veículos, os enormes arranha-céus beijando
as nuvens branquinhas, o quase imperceptível verde das árvores distribuídas pelas calçadas nas ruas, crianças brincando enquanto corriam em uma alegria não
contida com grandes balões em suas mãos num parquinho.
Caminhou até
a grande (realmente grande) mesa de vidro no centro cercada por arenito
envernizado nas bordas, e percorreu seus dedos sobre sua superfície plana onde
havia alguns papéis dentro de pastas finas e transparentes Correu os olhos
pelas paredes de cinza tênue; pelos quadros de pinceladas coloridas e suaves
que decoravam o ambiente; pelos vasos com plantas como espada-de-são-jorge, hera e azaleia; pelo retroprojetor a frente da grande tela branca na parede leste
e sentiu-se realmente admirado por cada coisa que fazia daquele lugar tão lindo.
— Bom dia,
Sr. Bieber! Olá, Sr. Braun! – saudou um senhor com aparência de estar em seus
cinquenta e poucos anos. – A Srta. Packwood virá em poucos minutos. Por favor,
acomodem-se. – apontou sua mão para as cadeiras que circundavam a mesa.
Justin e Scooter assentiram
cordialmente para o homem e sentaram-se nas cadeiras de aço.
Esperaram alguns segundos até ouvir uma
voz feminina familiar preencher o local. Justin instintivamente virou a cabeça
em direção ao som e surpreendeu-se ao vê-la.
Sentiu seu corpo sucumbir e o ar faltar
momentaneamente enquanto observava, hipnotizado, ela adentrar majestosamente a
sala. Estava vestida num terninho cinza que acentuava as curvas de sua cintura,
com seus cachos castanhos presos num pequeno e delicado coque. Tinha a compostura
de uma verdadeira líder e dona de uma empresa tão grande e respeitada como a
Packwood era.
Rebecca apertou a mão de seu empresário,
Scooter, em forma de cumprimento, e levantou sua mão para apertar a de Justin,
ele sentiu-se por um momento um pouco desnorteado, mas segurou sua mão. Quando seus
dedos roçaram os dedos dela e a palma de suas mãos se tocaram, faíscas
acenderam nos olhos de ambos enquanto estavam presos sob aquele momento. Tudo
parecia passar em uma lentidão exacerbada como se tudo ao redor dos dois
estivessem em câmera lenta.
— É um prazer tê-lo em minha empresa, Sr.
Bieber. – disse ela com muita naturalidade, desfazendo o aperto de mãos e
quebrando a tensão que se formara entre os dois. Chocava-o ver como aquela
garota poderia ser tão profissional. – Vamos dar início à reunião. Sra.
Forwood, – virou-se para uma senhora sentada à mesa – por favor, meus
papeis.
A reunião seguiu normalmente e, entre
Scooter e o Justin, quem se mostrava mais interessado era o Scooter. Reuniões como
aquela eram sempre enfadonhas, evitar o sono enquanto as pessoas falavam sobre
coisas as quais ele não queria ouvir era inevitável, mas neste caso, com a presença
de Rebecca, Justin esquecera totalmente a real razão pela qual ele estava ali.
Seus olhos estavam voltados apenas para uma única pessoa: ela. Não conseguia esconder seus olhares furtivos em direção a
Rebecca, mas não se importava se alguém de fato o visse olhando para ela.
Esperara tanto por aquele momento que se alguém o julgasse por estar fazendo o
que estava fazendo, nada iria significar para ele.
Inquietamente,
observava-a morder os lábios e depois lambê-los; analisava o jeito como
colocava as mechas de cabelos que lhe caíam sobre a face atrás da orelha; examinava como seus olhos ocultavam o orgulho sempre que algum de seus
funcionários terminava suas explicações; estudava o contorno de seus lábios, a
intensidade de seus olhos, o ligeiro arrebitamento de seu nariz e a leve
ruborização em suas bochechas.
***
Ao fim da
reunião, Justin disse ao seu empresário que poderia ir embora se quisesse, pois
ficaria para falar a sós com a Srta. Packwood. Inicialmente, Scooter arqueou as sobrancelhas num ato de estranhamento, mas decidiu deixar o local e seguir
sozinho para sua casa sem questionamentos.
Justin se
voltou para Rebecca, que ainda continuava sentada á mesa revendo alguns papéis.
— Oi! – chamou
sua atenção.
— Oh, hey!
Não esperava que você voltasse... – Levantou-se, ficando de frente a ele.
— Pois
deveria ter esperado. Como eu poderia ir embora sem dizer-lhe um mero “oi”?
Ela olhou-o
nos olhos e sorriu amplamente. Justin devolveu-lhe o sorriso, erguendo a mão
para colocar a teimosa mexa de seu cabelo atrás da orelha novamente. Sem
reação, Rebecca desviou os olhos rapidamente e fixou seu olhar no chão. Não
estava acostumada a falar com garotos, a menos quando se tratava de negócios.
Justin
colocou a mão no queixo dela, erguendo sua cabeça para que pudesse olhar em
seus olhos.
— Eu não sei como dizer isso... – começou
Justin, levando suas mãos às de Rebecca, tocando-as como se fossem rosas frágeis que com apenas um toque pudessem murchar e segurando-as nas suas mãos
com cautela. – Eu... eu senti sua falta. – Completou ele num balbucio,
atropelando as sílabas de forma desajeitada. – Isso é tão estranho para mim.
Quando eu deixei a casa da sua tia, meses atrás, não imaginei que sentiria o
que estou sentindo agora.
— E como você se sente agora? – questionou
ela numa voz doce. Seus lábios tentavam, sem muito sucesso, conter os cantos de
seus lábios que teimavam abrirem-se em um tímido sorriso.
— Como se eu tivesse finalmente encontrado
algo que estive procurando há anos. – confessou.
— Oh, Justin! – Rebecca sussurrou lançando-se em seus braços,
abraçando-o com toda a força que possuía. Pelo fato de estarem tão próximos, ela
pôde sentir em suas narinas a leve fragrância de seu corpo, não o perfume que
usava, mas o próprio cheiro de sua pele, aquele aroma que exalava de seu
próprio ser. Era tão bom estar em seus braços!
— Aceita
jantar comigo esta noite?
Fechou os
olhos e, ainda abraçada a ele, murmurou em seu ouvido um quase inaudível: — Sim!,
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Notas finais: Antes de tudo espero que
tenham observado que este capítulo foi um pouco maior que os outros. Esta foi a
forma que encontrei em desculpar-me pela demora. Irei me empenhar para que o
próximo capítulo saia mais rápido, mas não faço nenhuma promessa. Desta vez não irei cobrar comentários porque estou cansada disto. Comentem se vocês acham que devem fazê-lo.
E Júlia, eu te entendo, luvie. Não precisa se sentir a pior leitora do mundo, fico muito lisonjeada por você ainda visitar meu blog. Beijos!
É isso, garotas, teremos um encontro do Justin e da Rebecca no próximo capítulo!
Obrigada por lerem a fic.
Kisses!
E Júlia, eu te entendo, luvie. Não precisa se sentir a pior leitora do mundo, fico muito lisonjeada por você ainda visitar meu blog. Beijos!
É isso, garotas, teremos um encontro do Justin e da Rebecca no próximo capítulo!
Obrigada por lerem a fic.
Kisses!
Perfeito, e tudo bem voce demorar pra postar. Amo seu jeito incrivel de escrever, és uma doçura boneca. Adorei, continua :D @ivie_pogg
ResponderExcluirPosta logo. Eu fiquei um tempo fora, porque estava sem internet. Mas semana que vem eu volto a ler e a postar. beijos
ResponderExcluir~~leitora nova~~ estou amnado a sua ib. Contiua logo
ResponderExcluirEsta perfeito, você escreve muito bem. Continua logo
ResponderExcluirOiii,Débora.
ResponderExcluirSou a Luane Sampaio, lembra de mim (acho q n :D)
Venho te acompanhando desde o tempo de você e mais 3 amigas(acho) sua escrevia um blog juntas.
Estou sumida eu sei mas é por causa q comecei a namora e estava muito envolvida com ele e acabei deixando o Justin um pouco de lado, agora comecei a ir atras de noticias dele( faz um 1 ano 1 mês que estou namorando e o mesmo vem esfriando com o passar do tempo) pois agora sinto q ver fotos, ouvir a voz dele esteva sendo o meu refugio, por coincidência acabei lembrando de você e que faz tempo que não tenho noticias suas, acabo batendo uma saudade imensa das suas #IBs.
Só ontem( na verdade foi de madrugada) li a sua IB - Immature Love e queria pedir q você poste o próximo capítulo.
Reparei que acada dia que passa você vem escrevendo cada vez melhor, conforme você vai amadurecendo a sua escrita amadurece também.
beijinho, senti sua falta..