Immature Love - Capítulo 4

quarta-feira, 8 de agosto de 2012



            Embora o relógio marcasse mais de meia-noite e já fosse tarde para estarem acordados, Rebecca e Justin passaram algum tempo desfrutando da companhia um do outro enquanto conversavam sobre nada em especial. Riram, sorriram e no final o que mais desejavam era que aquele momento se estendesse para a eternidade.
E através daquele diálogo, ela pôde descobrir que, apesar de ser famoso e viver uma vida agitada, Justin era apenas um garoto de dezoito anos como qualquer outro de sua idade, possuía defeitos e qualidades, reconhecia seus erros, mas queria também o merecido mérito por suas boas ações, não para beneficiar-se e ter fama de “bom moço”, mas sim para que as pessoas baseiem-se em seus gestos e passem a ajudar o próximo ao máximo que puder. E ele descobriu que, apesar de ser dois anos mais nova, a maturidade estava presente em cada palavra e gesto de Rebecca, e isso o espantou, teve de confessar a si mesmo, nunca vira ou conhecera uma garota como ela; em alguns momentos durante a conversa, Justin chegou a se perguntar se realmente conversava com uma garota de apenas dezesseis anos ou uma mulher de vinte e três anos.

Mas ao fim de duas horas, Justin, já despedindo-se dela, disse que teria que voltar para o hotel.
Dirigiram-se os dois à porta, e quando chegaram em frente a mesma, pararam e olharam-se em silêncio. Pensavam que aquela foi a única e última vez que se veriam, que, depois daquele dia, as chances de se encontrarem por acaso seriam mínimas, e ambos caíram em desalento, temiam não poder encontrarem-se novamente. Ficaram dessa maneira por um longo minuto, nenhum ousava dizer uma palavra sequer, até que um barulho ensurdecedor os despertara. Rebecca, estupefata, ao abrir a porta, deparou-se com a mesma tempestade que previra antes de chegar a casa. Observaram a convulsão de pingos d’água descerem rasgando o céu e chocarem-se violentamente com o chão. 

— Pode emprestar-me um guarda-chuva? – pediu Justin ao olhar aquele temporal carregado de trovões e ventos violentos.

— Um guarda-chuva não serviria de nada nesta chuva. Acho melhor que pernoite aqui. – respondeu fechando a porta.

— Não quero incomodar mais do que a incomodei.

— Não posso permitir que saia em meio a toda essa chuva. Depois de todo o trabalho que tive em cuidar de suas feridas? Não mesmo! Além do mais, minha irmã irá adorar te conhecer pessoalmente. Já mencionei que ela é uma fanática por você?

Justin apenas sorriu em resposta. Como poderia recusar a hospitalidade que ela o oferecia?

***

O quarto estava iluminado pelos primeiros raios de sol do dia, que escapavam furtivamente através das cortinas e lançavam um brilho importuno em seu rosto. Justin abriu os olhos e piscou-os algumas vezes para acostumar-se com a claridade que adentrava o quarto, logo em seguida se levantou cambaleante, dirigindo-se para o banheiro. Precisava banhar-se, mesmo que depois tivesse de vestir a mesma roupa.

           Deliciava-se com a água que escorria sobre seu corpo, caindo em forma de uma fina cascata cristalina; a mesma proporcionava-lhe uma prazerosa sensação de refrigério, lavando-lhe a alma e esvaindo os maus pensamentos de sua mente. Pelo menos até, inevitavelmente, começar a refletir sobre a última noite. Meditava sobre o horror que sentiu ao ser agredido pela namorada (ou ex-namorada, não sabia dizer ao certo), e que só não revidou a agressão porque ela era mulher, pois sua mãe lhe ensinara bons modos; pensava, também, na sorte que teve em encontrar Rebecca, uma garota doce e delicada, tão linda e de uma companhia tão agradável...
           Refreou tais pensamentos ao escutar uma batida na porta. Enrolou rapidamente em torno de si a primeira toalha que encontrou no banheiro e correu para abrir a porta.

— Ah, oi! – saudou sorrindo ao ver que se tratava da Rebecca. Ela, por sua vez, percorreu seu olhar pelo corpo do garoto e engoliu em seco vendo que o que o cobria era apenas uma toalha branca do quarto de hóspedes.

— Bom dia! – respondeu tentando não gaguejar, mas a tentativa foi falha e sua voz desafinou no finalzinho, provocando-lhe um leve tom avermelhado nas bochechas. – Ahn.... eu... eu só vim avisar que a mesa está posta. – balbuciou a palavras, e, internamente, praguejou-se por isso.

— Desço em um minuto. – respondeu Justin, achando graça em toda aquela situação. Ela demorou-se algum tempo ainda observando-o, simplesmente não conseguia tirar os olhos sobre ele. Aquela barriga definida, aqueles músculos... Rebecca sobressaltou quando Justin pigarreou, dizendo: – Preciso me trocar.

Ela apenas acenou com a cabeça em reposta, descendo as escadas em seguida.

           
A mesa estava farta de guloseimas quando Justin adentrou a cozinha, porém, o que chamou sua atenção não eram as comidas diversificadas – pães, sucos de diferentes sabores, queijos, frutas das quais Justin nunca vira antes, geléia, chocolates, bolos, biscoitos recheados –, e sim as duas cadeiras que estavam ocupadas por pessoas que não conhecia: em uma, uma formidável senhora de, aparentemente, trinta e cinco anos, servia-se de café e acrescentava em sua xícara um pouco de leite; na outra, uma menina de sete ou oito anos brincava com os guardanapos, dobrando-os em mil formas, seus olhos brilhavam a cada novo desenho em que o papel transformava-se.
Justin tinha as mãos nos bolsos da calça para descontar ali todo o nervosismo que sentia – não sabia por que, mas, para ele, era como se aquele momento fosse o mais importante de sua vida. Sentindo-se desconfortável, procurou os olhos de Rebecca e quando os encontrou de súbito, pediu silenciosamente que ela o ajudasse. Ela apenas afirmou positivamente, comunicando-se com o olhar.
 
            — Tia Judith, Sarah, – chamou-lhes a atenção – este é o Justin. – e apontou para o mesmo.

            — Oh, sim... Oi, Justin! – disse Judith, dando-lhe um olhar afável. Justin retribuiu-a com um sorriso.

            Quando Sarah o viu, levantou-se num sobressalto da cadeira em que estava acomodada e correu apressada com seus bracinhos estendidos ao encontro de Justin, que a recebeu de prontidão, levantando-a do chão num abraço apertado. Sarah gargalhava alto enquanto Justin beija-a nas bochechas, a garotinha mal podia se conter, tamanha era a felicidade que sentia nos braços de seu ídolo. Rebecca apenas observava a cena com um sorriso de satisfação nos lábios. Fazia tanto tempo que não via sua irmã feliz daquele modo.


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Notas finais: Desculpem a demora, meninas, eu iria postar ontem, mas não deu. (Notem que esse capítulo foi um pouco maior que os outros dois últimos, então me perdoem pela demora).

Ah, e, por favor, quem ainda não votou na enquete "Você lê 'Immature Love'?", vote. Preciso muito saber quantas leitoras essa fic tem, okay? (Quem já votou ignore isso).

É isso, próximo capítulo talvez demore um pouquinho, mas quem sabe se tiver muitos comentários eu não poste mais cedo? hahaha' chantagem! 

Kisses ;*  

4 comentários:

  1. Ain man, que perfeito! Sério, você se supera a cada capítulo que posta, é incrível! Continua quando puder amr, mas não deixa a gente sem essa fanfic, AHSUASH! Um beijo do Biebs! sz

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  2. Amei, ficou muito lindo o capitulo e eles tem que se encontrarem novamente e virarem amigos. Continua

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  3. Ei amor, um selinho pra você >.< http://i-maginebeliebers.blogspot.com.br/2012/08/omg-outro-selinho-w.html

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