O silêncio
que se instalara entre os dois era desconfortante, para ambos. Rebecca se via
obrigada a dizer alguma coisa, mas não sabia o que. Justin se via sem saber que
ações tomar diante da garota, estava um pouco constrangido por estar em sua
presença, ainda mais tendo quase certeza de que ela vira a briga entre ele e
sua namorada. Era estranho o desconforto que sentiam nesse silêncio, e por isso
se sentiam obrigados a dizer algo.
Eles se
olhavam enquanto procuravam o que dizer, as palavras esvaiam-se tão rápido quanto vinham à mente.
— Então... –
falaram em uníssono, entreolharam-se caindo na risada em seguida. Não sabiam
do que estavam rindo, mas a risada de um proporcionava o riso do outro.
Passaram-se segundos e suas risadas ainda ecoavam pelo ambiente, preenchendo o
ar e amenizando a tensão que se instalara entre os dois. Por um breve momento,
a felicidade os atingiu, cegando-os de tudo o que atormentava suas mentes, a
felicidade os atingiu mostrando-os que ainda eram capazes de viver uma vida
normal, de sorrir – mesmo sem motivo – para a vida. Era incrível o que conseguiram
proporcionar um ao outro, mesmo tendo se conhecido há não muito tempo.
As risadas
diminuíram aos poucos e eles se viram aprisionados ao silêncio novamente.
— Você ouviu
a briga? – o garoto perguntou inquieto, adotando uma expressão mais dura em sua
face.
— Na
verdade, não. – confessou. – Eu só ouvi os gritos e depois aquela garota já
estava distribuindo socos em você.
— Eu
realmente sinto muito que você tenha tido que presenciar aquilo. – ele
suspirou. Um suspirou que deixou bem claro o quão ele estava desapontado com
aquilo tudo. Um suspiro que mostrou que haviam feridas, não exteriormente, e
sim em seu interior; feridas as quais só podiam ser curadas com amor, e ficou
claro que a namorada do garoto não poderia curar essas feridas, pois ela própria
provocava essas feridas.
Rebecca
observou seu olhar ficar distante enquanto a dor aos poucos moldou suas
feições. Ela não queria vê-lo sofrer daquela forma, achava que ninguém merecia
sofrer por amor.
— Talvez desabafar ajude. – propôs Rebecca
na única tentativa que encontrou em ajudá-lo.
— Você não iria querer escutar os meus
dramas.
— Se isso te conforta, eu também vivo um
drama. Seria bom me identificar a alguém. O que acha?
Ele soltou um riso pelo nariz. — Houve um
tempo que eu largaria tudo por minha namorada, até a minha carreira de cantor,
que é o que mais amo fazer, se fosse preciso. Eu a amei como nenhum outro será
capaz de amar algum dia. Amei-a de infinitas formas. E eu pensei que esse
sentimento duraria até depois da minha morte. Mas eu estava errado. Sinto que
namorá-la foi um enorme erro desde o início, pois só agora notei que o que ela realmente
queria de mim não era amor e proteção que um namorado pode dar, e sim fama e
reconhecimento. Ela só esteve comigo esse tempo todo para sair em revistas como
“A namorada do Justin Bieber”. Ninguém nunca saberá quanto me machucou saber
que todo o amor que eu sentia por ela, não significava nada. E o pior de tudo
isso, é que eu sinto que nunca vou poder ser curado dessa dor.
Rebecca lançou-o um olhar de entendimento.
Ela mal sabia como poderia amenizar sua dor, mas disse pra si mesma que tentaria.
Não entendia por que se importava tanto naquele momento com um desconhecido –
pelo menos era o que ele era para ela.
— Talvez você conheça alguém que faça
essas suas dores desaparecem instantaneamente e cure essas suas feridas que tem
dentro de si, uma por uma. Talvez você conheça alguém que te ame com a mesma intensidade
que você ama. Talvez alguém possa te dar o que sua namorada nunca te deu. Você
só não pode perder as esperanças.
— Eu queria
dizer que acredito em tudo o que você disse, mas é mais difícil do que você
imagina. Eu sinto como se eu nunca mais pudesse amar alguém.
— Um dia
você vai perceber o quão você está errado em dizer isso. Pode haver milhões e
milhões de motivos que te levem a desacreditar do amor, mas no fundo você sabe
que ainda há esperança.
— Ainda há.
– sussurrou fazendo careta.
Ela sorriu
fraco. — Se sente melhor?
— Sim. É bom
desabafar com você. – ele abriu um sorriso.
Antes que a
garota respondesse, Justin sentiu algo vibrar no bolso de sua calça. Pegou o
celular na mão e olhou o visor.
Mandy chamando. Dizia.
Ele fechou os olhos e suspirou
profundamente. Não iria atendê-la. Não conseguiria falar com ela naquele
momento, e se conseguisse dizer alguma coisa, certamente não seriam palavras
carinhosas. Por isso optou por ignorar a ligação.
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Notas finais: Gostaram do capítulo?
Meninas, eu quero avisar que a partir de agora eu vou demorar um pouco mais pra postar a continuação, porque minhas aulas já começaram, então fica mais difícil escrever.
Xoxo :*
Que coisa mais linda, God! *o* Perfeito, é incrível a forma como você escreve, parabéns! *-* Continua, um beijo do Biebs! sz
ResponderExcluirNossa a ib esta de mais e os capítulos cada vez mais perfeitos. Continua...
ResponderExcluirEu amo todas as suas IBs e to apaixonada por essa.
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