Broken Heart / Parte 17

- Tá bom! Hahaha’ Vamos falar de quê?

- Acho melhor não falarmos nada.

- Mas você não disse pra gente mudar de assunto?

- Sim, mas eu estava falando disso...

                Ele se aproximou lentamente de mim e me beijou. O beijo era calmo e ao mesmo tempo quente. O tipo de beijo que eu amo! Ele começou a passar sua mãozinha boba em meu corpo, pra ser específica em minhas coxas. Eu queria que acontecesse, mas não agora. Eu sou daquelas que prefere deixar de ser virgem depois do casamento. Sim, a carne é fraca, eu queria muito... Mas eu não podia.

- Amor, agora não. – Falei calmamente me distanciando dele. – Jurei pra mim mesma que eu só faria isso depois do casamento.

- Ér... – Ele estava desapontado. – Desculpa! Eu também não quero que seja agora. É difícil resistir a você. – Sorriu.

- Tudo bem. – Sorri e o beijei novamente. – Você vai dormir aqui hoje?

- Não sei.

- Ah, dorme vai. Não quero ficar aqui sozinha, você é quem me protege.

- Tá bom. Só durmo pra não te deixar sozinha com uma louca.

 - Hahaha’ Tá bom. Vai lá pegar suas roupas, enquanto eu me visto.

- Tá bom. – Ele me deu um selinho e saiu.

                Peguei um pijama e vesti. Fui ao banheiro escovar meus dentes, e quando saí levei um susto.

- Meu Deus! Menino, você quer me matar?

- Claro que não, gatinha.

- Hahaha’ Gatinha? Aiai!

- É gatinha. Ou você prefere gatona? Hum?

- Hahaha’ Eu gosto de tudo que você me chama, mas eu prefiro amor.

- Hm... Amor? Tá bom, amor! Vamos dormir?

- Vamos! – Me sentei na cama, peguei meus óculos que estavam em cima do criado-mudo, peguei um livro e comecei a folheá-lo.

- Não vai dormir?

- Vou, mas só depois que eu acabar de ler esse livro.

- Tá bom. – Ele deitou sua cabeça em meu colo e voltou a dormir.

                Depois de mais ou menos meia hora, eu acabei de ler o livro e fui dormir. Acordei no outro dia com o Justin abrindo as cortinas.

- NÃAAAAAAAAAAAO! Eu quero dormir.

- Hahaha’ Já são dez horas da manhã, amor.

- E daí? Vamos dormir até as doze, ué.

- Não, não. Temos muitas coisas pra fazer ainda hoje.

- É? Tipo o quê?

- Tipo... Levantar da cama e se arrumar. Estou te esperando lá em baixo.

- Não, não desce, por favor. Fica aqui enquanto eu tomo um banho e me arrumo.

- Ok, ok! Não demora.

- Tá.

- Posso mexer no seu notebook?

- Claro que pode. – Me levantei, dei um selinho nele e fui para o banheiro.

                Não demorei muito no banho, pois não queria deixar o Justin sozinho.

                          

- Pronto! Pra onde vamos agora? – Disse saindo do banheiro.

- O.O’ Wow! Você está linda!

- Ah, não estou não.

- É concordo com você. Você não está linda, você é linda!

- Awn, obrigada amor! – O abracei.

- Vamos logo, vai.

- Tá, mas você ainda não disse pra onde iríamos.

- É só uma voltinha pela cidade, amor.

- Ok, então vamos lá.

                Descemos as escadas e encontramos a Bárbara sentada no sofá junto com a mamãe. Ela me olhava com uma cara de inveja. Eu dei um sorrisinho irônico e abracei a mamãe.

- A gente vai dar uma volta, mãe. Tudo bem pra senhora?

- Tudo sim. Vocês voltam para o almoço?

- Não Sra. Laura, levarei a Victoria para dar uma volta e depois almoçar. – Justin respondeu.

- Ok. Divirtam-se!

- Obrigada, mãe. Tchau!

- Tchau, filha! Tchau, Justin!

- Tchau, Sra. Laura.

                Minha irmã continuava a me olhar com cara de inveja. Ela sempre teve inveja dos meninos com quem eu saia, e tinha inveja de quando eu estava feliz, pois ela nunca foi feliz.

                Eu e Justin fomos andar pelo shopping, e depois fomos almoçar no McDonald’s, quer dizer lanchar. À tarde fomos andar por um parque que havia perto do shopping, e depois voltamos pra casa e ficamos conversando com os amigos dele em frente a sua casa.

                Nós estávamos rindo e brincando, até eu mudar totalmente minha expressão, o sorriso que estava em minha face desapareceu. Os meninos ficaram preocupados, e me perguntaram o que havia acontecido, eu só fiz um sinal apontando pra trás deles. Eles olharam e depois voltaram a me olhar confusos.

- Oi, maninha. A mamãe está chamando pra jantar. – Bárbara falou ao se aproximar de nós.

- Já estou indo.

- Ok! Mas não demora muito não, tá?!

- Vai te catar!

                Ela riu baixinho e saiu rebolando.

- Aff! Amostrada! – Revirei os olhos.

- Amor, acho melhor você entrar.

- Tá, tá bom. Depois você vai lá, né?!

- Vou sim. – Ele me deu um selinho.

- Ok! Tchau meninos, até mais!

- Tchau! – Eles responderam.

                Fui andando pra minha casa, e os meninos ainda estavam me olhando confusos, então gritei:

- Gente, depois eu explico tudo, ok?!

- Ok! – Eles gritaram.

                Entrei em casa e fui jantar. Depois que a Bárbara voltou, o clima não andava muito bom. Mamãe se decepcionou muito com a ela depois da morte de papai. Mamãe às vezes parecia não acreditar que tinha sido ela que havia matado o papai. Eu sei que ela sofria, mas não demonstrava, era duro saber que sua própria filha era uma má pessoa.

                Nós duas sempre fomos tratadas iguais, estudamos na mesma escola, tivemos a mesma educação, sempre ganhamos os mesmos presentes, e dividíamos o mesmo quarto. Mesmo que meu pai não fosse o mesmo pai que o dela, ele a dava o mesmo amor que me dava. Ele realmente a tratava como uma filha mais velha, e ela como sempre desprezava esse amor.

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