You make me feel like... / Parte 13

Justin: Foi mesmo!

Eu: O que é que você está esperando? Vai lá embaixo logo.

Justin: Tá bom, tá bom.

                Ele ia abrindo a porta, até que eu falei:

Eu: Justin, e a blusa?

Justin: Ah tá! Já tinha me esquecido.

                Ele colocou a blusa e desceu. Eu decidi ir tomar um banho. Peguei minha toalha e entrei no banheiro. Assim que tirei a roupa, entrei debaixo do chuveiro. Depois de alguns minutos ouço alguém entrar no quarto.

Eu: Justin é você? (Gritei do banheiro)

Justin: Sim, amor!

                Continuei tomando meu banho. Mas aí eu comecei a ficar meio tonta, minha barriga começou a doer muito. E quando me dei conta já estava sentada no chão.

Eu: JUSTIN! (Gritei)

                Rapidamente ele chegou ao banheiro.

Justin: Sophia, você tá sangrando.

Eu: Me tira daqui, Jus.

Justin: Vou tirar amor.

                Ele me pegou no colo e me levou pra cama. Eu estava fraca, e ainda permanecia tonta. Só me lembro de ouvir o Justin me chamando, mas eu não conseguia responder. Fui fechando os olhos lentamente, até não me lembrar mais de nada.

Mode Justin on

Assim que terminei de falar com o Scooter, subi novamente para o quarto.

Sophia: Justin é você?

Eu: Sim, amor! (Gritei do quarto)

                Sentei-me na cama, peguei o notebook e fiquei mexendo. Depois de algum tempo, ouvi a Sophia gritar meu nome. Fui rapidamente até o banheiro, e a encontrei meio que sentada no chão. Quase morri vendo ela naquele estado.

Eu: Sophia, você tá sangrando.

Sophia: Me tira daqui, Jus.

Eu: Vou tirar amor.

                Peguei-a em meu colo e depois que a coloquei na cama, e em pouco tempo ela desmaiou. Chamei seu nome, mas ela não respondeu. Coloquei uma roupa qualquer nela, peguei-a no colo novamente e desci as escadas com pressa.

Mãe: O que houve, Justin?

Eu: Vem comigo até o hospital, mãe?!

Mãe: Vou sim.

Eu: Pega a chave do carro.

                Corri com a Sophia em meus braços até o carro, deixei-a no banco de trás. Logo em seguida minha mãe entra no carro com a chave, e assim eu pisei fundo no acelerador. Não demorou muito pra que chegássemos ao hospital, peguei-a novamente e a levei pra dentro do hospital. Os médicos logo vieram nos atender.

Médico: O que aconteceu?

Eu: Ela estava no banho, e começou a sangrar... Depois que eu a botei cama, ela desmaiou.

Médico: Como é o nome dela?

Eu: Sophia Montez!

O médico mandou os enfermeiros levar a Sophia para um quarto, e disse que ele ia ter que fazer alguns exames nela, no qual eu não poderia estar presente na hora. Então eu e minha mãe ficamos na sala de espera.

Eu: Mãe, a senhora trouxe alguma roupa pra Sophia?

Mãe: Eu até pensei em trazer, mas não deu tempo.

Eu: Então faz um favor pra mim? Vai lá em casa e pega algumas roupas dela, por favor?!

Mãe: Claro! Ah, e qualquer novidade me avisa, ok?!

Eu: Pode deixar mãe!

                Minha mãe então foi embora. Eu fiquei lá sentado num sofá, esperando que alguém viesse me dar alguma notícia da Sophia. Mas estava demorando, eu comecei a ficar mais preocupado ainda. Aquelas cenas da Sophia no banheiro me vinham à cabeça, e me deixavam sem chão. Eu realmente queria saber o que estava acontecendo com ela, mas eu não tinha a mínima idéia do que podia ser. Eu já estava começando a chorar, quando escuto o médico falar.

Médico: O acompanhante de Sophia Montez!

Eu: Sou eu doutor.

Médico: Hum... Justin, não é?

Eu: Sim!

Médico: Acompanhe-me.

                O médico foi andando pelos corredores do hospital, eu só o acompanhei silenciosamente, até ele parar em frente a uma porta.

Médico: Entre! (Disse ele abrindo a porta)

                Entrei lentamente, e vi a Sophia deitada na cama, ainda inconsciente e com alguns fios em seu corpo. Aproximei-me mais da cama, peguei sua mão e meus olhos encheram de lágrimas. Depois de algum tempo a observando, virei pro doutor e perguntei:

Eu: O que ele tem?

Médico: Ela perdeu o bebê.

Eu: Ela perdeu o bebê? Como assim? Ela estava grávida?

Médico: Você não sabia?

Eu: Não.

Médico: Então suponho que ela também não deveria saber. Mas enfim, ela precisava ganhar peso, mas ao invés disso ela estava emagrecendo. Isso fez com que o feto não se desenvolvesse e que provocasse um aborto espontâneo.

                Eu fiquei sem palavras. Eu estava completamente em choque.

Eu: Mas ela está bem?

Médico: Sim. Daqui a algumas horas ela deverá acordar, mas ela só poderá sair daqui amanhã, pois quero que ela fique em observação.

Eu: Certo!

Médico: Bom, agora eu tenho que ir. Você pode ficar aqui.

Eu: Tá.

                O acompanhei com os meus olhos até ele sair do quarto. Voltei a olhar para a Sophia, ainda segurando sua mão. Após alguns longos minutos sentei-me em uma cadeira que tinha ali pelo quarto. Pus minhas mãos em minha cabeça, apoiando meus cotovelos em minhas pernas, e comecei a chorar.

                Eu não sabia ao certo porque estava chorando. Sempre tive um sonho de ser pai, mas eu sei que era muito novo pra ter uma responsabilidade desse tamanho. Mas se ela não tivesse perdido o bebê eu iria assumi-lo, e eu tinha a maior certeza do mundo que aquele filho era meu. Não culpo a Sophia por ter perdido o bebê, mas se ela ao menos tivesse me escutado, ela não estaria aqui nesse hospital passando por tudo isso.

                Após algumas horas, minha mãe entrou no quarto.

Eu: Mãe...

Mãe: Tudo bem, filho. Eu já estou sabendo de tudo. Mas por que você não me ligou?

...

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