Without You

Oi, meus amores! Antes de começar a postar "Immature Love" - em que ainda estou trabalhando - decidi postar uma outra fic, que é dividida em apenas duas partes. É uma readaptação de uma história feita pra um trabalho da escola, então é inteiramente escrita por mim. Enfim, espero que gostem e espero também que estejam ansiosas por "Immature Love" tanto quanto eu estou. Bom leitura!

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Parte I

I can't win, I can't reign
I will never win this game without you
Without you
I am lost, I am vain
I will never be the same without you
Without you

Mirian observou a lua no alto do céu, admirando-a com os olhos brilhantes. A sensação de liberdade era agradavelmente boa, e sentir-se assim trouxe algumas lembranças as quais não queria lembrar no momento. Fechou os olhos quando sentiu o vento bater em seu rosto, esvoaçando seus longos cabelos, levando-os pra longe de seu rosto. Sua mente girava em volta ao passado, quando todo o seu futuro foi mudado por um simples ato.

“(...) Mirian entrelaçava seus dedos suados uns nos outros, enquanto seu pé batia impaciente no chão de madeira. Olhava a hora no relógio de pulso a cada cinco minutos, ansiosa pela hora que ele entraria pela porta com um sorriso brincalhão em suas feições e a envolveria com seu amor. A saudade a consumia por inteiro, deixando-a desesperada por querer estar mais uma vez naqueles braços firmes que a enlaçavam com empenho e que a transmitia segurança só por entrar em contato com sua pele.  

O relógio marcava quatro horas da madrugada quando a porta abriu-se ruidosamente, revelando um Justin sorridente.

Ao vê-lo, a garota disparou-se pelo cômodo e o abraçou com firmeza. Estava com tanto medo de que ele não voltasse para ela...

  

— Oh, Justin, senti tanto a sua falta nessas duas semanas em que passou distante de mim. – murmurou, fraquejando em seus braços. Ele por sua vez a segurou com mais força, afundando seu roto nos cabelos da namorada.

            — Precisamos conversar... – hesitou. – Na verdade, eu preciso te contar uma coisa, e não é nada agradável pra nenhum de nós dois.

            A garota o encarou com os olhos já marejados, esperando que ele continuasse. Já previa o que estava por vir, mas esperava que não acontecesse daquela forma.

            — Você não imagina o quanto essas duas semanas longe de você foram difíceis para mim. Eu pensei em você todos os dias, por todo o tempo. Senti sua falta; falta da sua risada, dos seus ataques de ciúmes, dos seus momentos de loucura, do seu romantismo ao extremo, de te sentir estremecer em meus braços... de tudo. – limpou as lágrimas que deslizavam sobre a bochecha da garota. – Eu não estou dizendo isso no intuito de terminar com você não, isso vai depender apenas de você. Vou deixar bem claro que não quero o término do nosso namoro. – olhou-a intensamente nos olhos, acariciando sua bochecha, onde acabara de passar uma lágrima. – Mas eu tenho que comunicar que dessa vez eu vou precisar ficar longe por um ano, enquanto gravo meu CD, divulgo e penso na minha futura turnê. Claro que terá intervalos e eu vou vir te visitar sempre que puder.

            — Por que tem que ser assim? – afundou a cabeça no peitoral do garoto, chorando ainda mais. – Seria egoísmo te pedir pra ficar. E eu não quero que você se prenda a mim quando tiver que escolher entre a sua carreira que você sonhou por tanto tempo e a mim. Eu quero que você viva, quero que você se divirta fazendo o que ama. Não quero que você sofra por minha causa. Não suportaria ver uma lágrima descendo de seus olhos por culpa minha. Eu te amo demais pra ter que te ver sofrer.

            — Amor, eu não quero que termine...

            — Justin, não consegue entender? Será egoísmo te prender a mim. Não pense que estou feliz por isso, porque eu realmente não estou. Todas as noites antes de dormir, o medo de te perder me consome e eu sempre acabo caindo no choro. Mas eu sabia que esse dia iria chegar. É impossível alguma coisa que me faz muito bem continuar na minha vida por muito tempo. Eu sinto que devo te deixar partir, mas eu não quero, eu não posso. Eu simplesmente não consigo...

            — Mirian, a distância só provará o quanto nosso amor é forte e resistente, provará para o mundo que quando se ama verdadeiramente nada importa, nem que estejamos separados por um oceano.

            — O problema não é esse, Justin. Podem se passar meses ou anos, o meu amor por você nunca acabará, ao contrário, aumentará a cada dia que se passar. – fungou se apertando contra o corpo do garoto, desejando não ter que se afastar nunca. – O único problema é que se eu te prender a mim, você não poderá explorar todo o seu talento e se tornar o cantor que quer ser. Eu te amo, Justin! E é porque te amo que tenho que te deixar ir. Não vai ser fácil, mas eu não posso mais te prender.

            — Você não está me prendendo, Mirian. Eu posso ser o que eu quiser sem ter que te deixar.

            — Pode mesmo, Justin? Por favor, não tente enganar a si mesmo. Ou será que não lembra mais daquela viagem que a Island Record te ofereceu, mas você teve que recusar porque tinha que tomar conta de mim?

— Como eu podia te deixar numa hora daquelas? Você tinha sofrido um acidente de carro, Mirian, eu tinha que cuidar de você. Era o mínimo que eu podia fazer.

— Não entendo onde quero chegar? Eu sempre estou te atrapalhando quando você está conseguindo subir na vida. Não quero mais que isso aconteça.

— Você está dando a entender que quer se livrar de mim.

— O quê? É claro que não! – o encarou. – Eu te amo, entendeu? Te amo mais do que qualquer um pode amar.

— Então por que não esquece essa história de ser egoísta me mantendo ao teu lado e simplesmente fica comigo?

— Porque não é tão fácil assim. Eu não quero sofrer por amor, mas se a sua felicidade estiver em minhas mãos, eu vou preferir a sua felicidade que a minha própria. Entenda de uma vez por todas que amor é um sentimento altruísta.

E então a garota se entregou as lágrimas enquanto seu corpo apertava-se involuntariamente contra o corpo do garoto. Ela sabia que aquele seria o último abraço que o daria, talvez fosse a última vez que o veria. Ela só desejava não ter que deixá-lo partir...

 — Só não esqueça o quanto eu te amo. (...)”