Do You Remember Me? / Parte 2

- Ok, como você vai, Pattie?

- Bem, obrigada! 

            As duas começaram a rir. Bom, nem precisa dizer que eu estava boiando ali, né?!

- Ah, já ia me esquecendo. Aqui está a Alycia. – mamãe disse me abraçando de lado.

- Alycia, minha norinha preferida... Nossa, tá bem crescida! – Pattie me abraçou.

- Hahaha’ – sorri sem jeito retribuindo seu abraço.  

- Então, onde está seu filho? – mamãe perguntou.

- Está lá dentro, por favor, me acompanhem.          

- Ok!

           

            Quando eu vi Pattie novamente, uma emoção tomou conta de mim, me fazendo sorrir feito boba. Era tão bom reencontrá-la. Mesmo que eu não estivesse mais com Justin, eu queria ser sempre sua amiga. Sabe, ela é tão doce e gentil, me trata tão bem. Como eu poderia não amá-la? Mas o que eu realmente estava penando era: Eu vou, finalmente, poder reencontrar meu amor, vou poder reencontrar o Justin.

            Pattie nos levou até uma salinha, onde não pude deixar de notar que havia várias roupas masculinas, que, provavelmente, seria do Justin.

 - Hey, Justin, olha quem chegou. – disse Pattie.

            Justin, imediatamente, olhou para eu e mamãe e abriu um sorriso de canto a canto.

- Oh meu Deus! Não estou acreditando... Alycia! – disse ele já vindo me abraçar – Senti sua falta, amor!

- Também senti sua falta!

            Mal pude acreditar. Ele se lembra de mim? Eu jurava que ele não iria se lembrar. Isso significa que ele ainda me ama? De qualquer forma, eu estava extremamente feliz em revê-lo. Três anos com a sua ausência não foi nada fácil. Eu quase tive falência múltipla de órgãos quando ele falou "amor", será que ele me ama do mesmo jeito que eu o amo, até mesmo depois de tanto tempo?

- Hey, não vai falar comigo não, Sr. Justin? – disse mamãe brincando.

- Claro que vou. – Justin se separou de mim – Senti saudades sua, sogrinha!

- Também! – mamãe o abraçou.

s2------------------------------ (três anos atrás) ------------------------------- s2

            Há três anos atrás, minha mãe e eu havíamos viajado para Atlanta a trabalho, uma viajem um tanto quanto longa, comparando com as demais viagens, que durou um pouco mais de dois meses. Se eu não me engano, devia ser uma segunda-feira, entretanto, me lembro muito bem que estava chovendo forte, trovejava muito – o que me fazia ter calafrios, pois eu sempre tive medo de trovões, não sei porque, mas sempre que trovejava me dava uma sensação ruim –, o céu estava fechado e as nuvens pareciam estar pesadas. Minha mãe tinha ido trabalhar mais cedo, e eu permaneci no hotel até mais tarde. Quando o relógio apontou 09h30min eu me arrumei, para poder encontrar-me com minha mãe. Ao fechar a porta do apartamento, me deparei com um garoto. Ele era encantador, tinha um belo par de olhos castanhos claro, sua boca era convidativa – qualquer menina que olhasse para seus lábios queria beijá-los, era realmente uma tentação –, seus cabelos eram lindos e quando eram movidos de um lado para o outro me levavam à loucura, seu nariz era um pouco arrebitado. Ele, com certeza, foi o garoto mais belo que eu conheci em toda minha vida.

- Bom dia! Bem, eu não queria te atrapalhar, mas é que eu queria saber se a Loren está aí. Fui informado que ela estava hospedada aqui.

            Por um momento eu não prestei atenção no que ele falava, apenas me fixei nos movimentos de seus lábios. Eu estava hipnotizada.

- Hey, você ouviu o que eu falei?

- Ah, minha nossa, desculpa... desculpa mesmo. Eu não sei onde eu estava, acabei me perdendo nos seus láb... quer dizer... AAAAh’ o que eu estou falando? Olha, eu... Ah meu Deus!

- Tudo bem, tudo bem. Acalme-se!

- Desculpa!

- Não precisa se desculpar. Eu só preciso de informações da Loren.

- Ah, minha mãe saiu, eu estava indo agorinha mesmo me encontrar com ela.

- A Loren é sua mãe?

- Sim, por quê?

- Porque é ela que vai me ajudar com a roupa do VMA.

- Sério? Que legal! Bem que ela disse que iria trabalhar com um adolescente... só não esperava que fosse você.

- Por quê? Tem algo de errado comigo?

- Não, claro que não, ao contrario não tem nada de errado com você.

- E por que você não esperava que fosse eu?

- Ah, deixa isso pra lá.

- Ok, mas pra onde sua mãe foi?

- Eu achava que ela ia se encontrar com você lá na agencia.

- É eu ia, mas eu tive um imprevisto. Você está indo pra lá agora?

- Sim.

- Quer uma carona?

- Se não for incomodo...

- Claro que não é nenhum incomodo. Vamos?

- Vamos.

            Tranquei a porta do apartamento e, em seguida fomos para o elevador. Eu estava nervosa, não sei por que, mas sempre quando algum menino mexe comigo, eu fico assim, as palavras parecem sair de minha boca espontaneamente. Após sairmos do hotel, entramos no carro dele – eu ainda não sabia ao menos seu nome, me esqueci de perguntar –. Enquanto íamos andando pela rua, várias pessoas se atravessavam em frente ao carro, gritando Justin, Justin, Justin!

Claro que eu não poderia pensar em coisas diferentes, além de: “Esse menino por acaso é famoso?”. Fiquei olhando-o espantada.

- Relaxa! São só alguns paparazzis. – ele disse dando um sorinho. Um sorrisinho no qual eu já estava viciada em tanto pouco tempo.

Continua!

Comentem, babys!