Broken Heart

quarta-feira, 23 de março de 2011

“Ela não é nem de longe, a menina que você imaginaria namorar um dia. Você imagina namorar com uma garota de curvas perfeitas, cabelos incríveis, popularidade altíssima. E ela não é nem magra, nem gorda, não tem o cabelo incrível, mas do jeito que o prende, deixando umas mechas soltas, fica linda, e não é popular. Odeia lugares muito lotados. Mas ela te faz sorrir. Ela dança na sua frente, de um jeito engraçado, te beija a ponta do nariz e chama de bobo, bagunça teu cabelo e te chama de menino lindo. Ela fala coisas sem sentido, a depois sorri, quando vê sua cara de ‘você não é normal’. Ela não é mesmo nem de longe a menina que você imaginaria namorar, porque ela é bem mais que tudo aquilo que você imaginava. Ela não é perfeita pra ninguém, mas é perfeita para você. - Jéssica Figueredo.”




Quando eu tinha meus 15 anos era apaixonada por um vizinho meu, o nome dele era Justin, ele aparentava ter a mesma idade que eu, era lindo, tinha olhos castanhos cor de mel. Mas ele nunca havia notado em mim, eu chorava por todas as tentativas frustrantes de fazê-lo me notar, elas nunca davam certo. Era difícil vê-lo, pois ele vivia viajando, na época eu não sabia ao certo o que ele fazia, mas depois de algum tempo eu descobri que ele era cantor.
                Minha escola era aquele do tipo onde tinha os populares, os anti-populares, as líderes de torcida, os nerds, os decolados, os perdidos, os idiotas e eu. Eu não me considerada nem a menina mais feia nem a mais bonita, até porque eu não era. Eu era meio que invisível, poucos me notavam ali, eu tinha apenas uma amiga, a Letícia. Ela era a única pessoa com quem eu podia me refugiar, éramos melhores amigas desde criança. Mas ela nunca foi como eu, ela sempre foi muito mais bonita, e também muito mais conhecida, ela não chegava a ser popular, mas quase todos da escola a conhecia. Por isso que poucas vezes éramos vistas juntas, pois eu não queria ser como ela. Eu, diferente de muitas garotas da minha escola, não queria ser popular ou meio popular, eu achava ridículas aquelas meninas andando em “bando” se achando o máximo, eu dava graças a Deus por não ser como elas.
                Era quarta-feira, um dia normal como outro qualquer. Faltava menos de uma semana pra eu sair de férias. Acordei cedo, tomei um banho e me arrumei, desci para tomar o café da manhã e, então encontro uma vizinha nossa tomando café junto a minha mãe.
- Bom dia, Dona Pattie! Bom dia, mãe! – Sentei-me a mesa.
- Bom dia, linda! E, por favor, eu já lhe disse pra me chamar só de Pattie.
– Sorri – Oh desculpe-me, Pattie!
- Bom dia, filha! Dormiu bem?
- Dormi sim, mãe. E a senhora?
- Dormi bem também. – Ela olhou pra Pattie, e Pattie fez um “sim” com a cabeça – Então... Você dever estar se perguntando por que a Pattie está aqui tão cedo, não é?!
- Ér...
- Bom, precisamos te contar uma coisa.
- O quê?
- Pattie me disse que ela tem uma casa no Canadá, e que ela iria passar essas férias de agora lá. E como o filho dela tem a mesma idade que a sua, ela achou que você poderia fazer copainha pra ele.
- Isso por acaso é um convite?
- Sim. Mas aceite só se quiser, querida. – Disse Pattie sorrindo.
- Hm... Me divertir um pouco não seria uma má ideia.
- Então isso é um sim? – Perguntou minha mãe.
- É!
- Ai, que ótimo, querida! Quando você sai definitivamente de férias?
- Semana que vem.
- Ótimo! Então viajamos na quinta-feira da semana que vem.
 - Ok!
- Bom, agora eu tenho que ir indo. Tchau!
- Tchau! – Eu e minha mãe dissemos juntas. – Ah, e obrigada pelo convite.
- Por nada, linda. Beijos!
                Minha mãe a acompanhou até a porta, e depois voltou para a cozinha.
- Ela é tão gentil, não é filha?!
- É sim, não imaginaria que ela um dia viesse me chamar para ir fazer copainha ao filho dela.
- Pois é! Eu também não. Agora vai lá escovar os dentes pra podermos ir embora.
- Tá.
                Subi para o meu quarto, e após escovar meus dentes desci para a sala, onde mamãe já estava a minha espera.
- Vamos? – Perguntou ela.
- Vamos!
                Mamãe pegou as chaves do carro, e então fomos embora. Ela me deixou na escola,e de lá foi para o seu trabalho. Entrei na escola, e logo avistei a Letícia.
- Bom dia, Lê! – Disse ao me aproximar.
- Bom dia, Victoria!
- Tenho novidades.
- Então me fala.
- Bom, hoje de manhã a Pattie...
- A sua vizinha?
- É... Bem, ela me convidou para passar essas férias no Canadá.
- Canadá?
- Sim.
- Nossa! Que sonho...
- É! E ainda tem mais.
- Tem? Fala logo então.
- Ela disse que eu iria fazer copainha ao filho dela. Isso não é ótimo?
- Wow! Isso quer dizer que você...
- Sim, isso quer dizer que eu vou tentar esquecer o Justin.
- E como é o nome do filho dela?
- Sabe que eu nem sei?! Também me esqueci de perguntar.
- Nossa! Você é tão...
- Interessada? É eu sei.
- Cara, para de ficar me interrompendo toda hora. Aff’
- Hahaha’ Foi mal. Você sabe que eu gosto de ficar fazendo isso.
- É eu sei. Acho melhor entrarmos, daqui a pouco o sinal toca.

- Tá, vamos!

                Fomos pra sala, e assim que entramos o sinal tocou. Então fomos para nossos lugares.
- Quero que formem duplas... – Disse a professora – Cada dupla terá que desenvolver em sala de aula, um texto falando sobre o que vocês querem nessas férias. Lembrando que vale nota, então não venham com: “Eu quero viajar, quero um computador, quero passear...”, eu quero que vocês façam um texto criativo e produtivo.
- Só por que eu iria fazer como ela disse antes, aff! – Falei brincando.
- Hahaha... É eu também! Vamos fazer juntas, não é?!
- Claro, né?!

...


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